2 de ago. de 2010

Diário de Viagem 2

Segundo dia.
Acordei às 5h30 da manhã, descansado, sem dor de cabça e pronto para encarar as muitas coisas que precisava fazer antes de refazer as malas para a viagem à França amanhã.

Desci para o lobby por volta de 6h30, me conectei à internet, li e-mails e depois fui para Covent Garden para tomar o café da manhã. Pensei em ir na Le Pain Cotidien, que Uéliton havia me indicado, mas não a encontrei. Acabei comendo na Pret-a-manger - é engraçado ver tantas lojas de comida francesa (ou inspirada na França). Londres é famosa, também, por ter um péssimo cardápio para oferecer às pessoas. O café da manhão chamado British Breakfast é composto por bacon, ovos fritos, salsicha (a aparência é pavorosa, acredite em mim), feijão (!!!!), torradas e café (acho que essas foram introduzidas pelos estrangeiros que estranhavam o cardápio da primeira refeição do dia).

Bem, um regular latte (um copo gigante de espresso com leite bastante espumante), um croissant de chocoloate e um suco de laranja eu estava pronto para achar a loja da Orange, operadora de celular - o objetivo era comprar um SIM card (o que nós chamamos de chip no Brasil) para ter um número pré-pago aqui. A Orange oferece o cartão de graça para quem já tem um aparelho, mas com a condição de que você compre 5 libras de crédito. Comprei 10 e fiquei satisfeito. O atendente, Ryan, foi muito atencioso (como, em geral, são as pessoas por aqui) e esperou eu colocar o chip e ver se tudo funcionava corretamente. Tudo funcionou bem. Como toda 'boa' operadora de celular, logo chegaram várias mensagens, desde a mais simples, informando que o meu número era xxxxxx (vocês não acreditam que eu iria mesmo dividir essa informção, certo?), até coisas como pacotes promocionais, sorteios e coisas do gênero. Bem, guardei o que era imposrtante e o resto eu joguei fora.

Depois disso, fui atrás de informações sobre o curso, ver onde é a faculdade etc. Tarefa bem difícil por que o campus é gigantesco e espalhado por toda uma área da cidade. Mas achei o prédio principal (ver foto abaixo), onde acabei também verificando o e-mail e descobri que eles haviam conseguido um jeito de eu recuperar minha senha para os avisos por e-mail. Não consegui localizar os alojamentos, mas espero ter a informação em breve. Mas já sei que as inscrições para as palestras serão no Crucible Building, em frente ao prédio principal (a foto seguinte). O prédio é chamado de "Crucible" porque, de fato, tem formato de cruz.





Eu precisava comprar um cartão de memória para a máquina fotográfica que um amigo me emprestou. Para isso, nada melhor do que ir na Santa Efigênia de Londres: a Tottenham Court Road. É um lugar que está em obras desde que eu vim aqui dois anos atrás. Mas já melhorou bastante. Mas é o paraíso dos eletrônicos. E se na Santa a gente tem coreanos e árabes, aqui predominam os paquistaneses e indianos, com alguns árabes e poucos orientais. Um cartão de 2GB custou 15 libras (uns 45 reais).

Como se anda muito por aqui, é sempre bom ter onde descansar. Londres é cheia de parques e praças (algumas são particulares - os moradores do entorno têm a chave do portão). Aqui perto do hotel tem a Russell Square, que é uma praça tranquila, com um chafariz no meio, ao nível do chão, onde às 8 da manhã os pombos se deliciavam com a água (foto abaixo).



Também tem as árvores típicas daqui, como o plátano, que é uma caducifólia (as folhas caem no inverno). São árvores altas e frondosas.



Em frente à Russell Sq está o Russel Hotel, em estilo vitoriano, da foto abaixo. Quase intimidatório. Bão quero nem pensar em quanto custa uma dária ali. Aliás, Londres tem uma quantidade impressionante de hotéis, pequenos e grandes. Alguns nem parecem hotéis, porque ficam em áreas residenciais e são, muitas vezes, casas que foram transformadas em pequenos hotéis. Na região de Russell Sq têm vários.



No caminho para a Tottenham Court Road eu passei em frente ao British Museum, que é bastante imponente e que está na minha lista de lugares a serem visitados quando eu voltar de Paris. Em frente ao museu tem um monte de lojinhas de lembracinhas de Londres - lá achei o cofrinho de lata em forma de cabine telefônica vermelha que minha cunhada me pediu. Ou seja, é lá mesmo que vou comprar os chaveirinhos e cartões postais de recordação para os amigos.



Perto de Covet Garden, mas já próximo de Charing Cross, vi o teatro onde está em cartaz "Priscila, a rainha do deserto" Só me pergunto como eles fizeram para transformar um "road movie" (quem viu o filme deve se lembrar que o ônibus cor de rosa atravessava o interior do deserto australiano a maior parte do tempo) em uma "road play". Mas, aqui, como na Broadway, o dinheiro faz o impossível. Alê, você foi a primeira pessoa em quem pensei quando tirei esta foto (rs).



Estas são as notícias de hoje, por enquanto. Daqui a pouco vou me encontrar com a Julie, amiga que irá guardar a mala maior enquanto eu vou para Paris com a menor. Amanhã, antes de embarcar, tiro fotos de St. Pancra`s por fora e por dentro, para mostrar a vocês

Um comentário:

  1. flavio querido, é tudo tão potente ! a vida vivida a cada instante me emociona demais. Transbordo em silêncio. Boas viagens, meu doce amigo. beijos. mô.

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