30 de out. de 2009

Estranha experiência

Há alguns anos relatei a um amigo uma experiência por que passei recorrentemente: à vezes estou em casa e um silêncio toma conta do ambiente, da minha mente, e subitamente me vejo percebendo o espaço à minha volta. Não é só a percepção visual; é como se eu roçasse o limite das coisas ao meu redor. A consciência da parede, dos móveis, das texturas, do espaço ocupado pelos objetos, tudo isso fica muito claro. E aí, em seguida (ou não), acontece um outro "estágio" da percepção, que é a do tempo. É como se eu pudesse 'enxergar' o contínuo espaço-temporal (parece papo de ficção científica barata, né?) e entendesse a dimensão do universo... Não, eu não enlouqueci (pelo menos não da maneira convencional). Não há medo, não há espanto, não qualquer inquietação nessa percepção. Na verdade, há uma calma, como se fosse simplesmente natural estar ali, naquele 'vazio repleto'. Dá para ver a transitoriedade da vida, o quanto as coisas que consideramos absolutamente essenciais são passageiras e finitas. Que o que importa é imaterial e perene... Será que isso faz algum sentido? Se não fizer, tudo bem. Não é importante.

Meu amigo me disse que tive uma experiência que faria inveja aos existencialistas... e eu nem entendo essa coisa de Existencialismo...

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